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Sobre edição

  • Alessandro Echamende
  • 15 de jun. de 2023
  • 4 min de leitura

Hoje decidi trazer pro blog um assunto muito recorrente no audiovisual: O processo de Edição.

Presente há mais tempo do que se imagina nesse universo(Os experimentos começaram por volta de 1878) a edição evoluiu e vem evoluindo a cada dia.


Processos que levariam horas ou até mesmo dias, hoje são realizados em questão de minutos com ferramentas que nos oferecem cada dia mais praticidade e automatização de grande parte do trabalho.


A edição está presente em basicamente toda área do audiovisual, ela serve para potencializar um bom trabalho e trazer ainda mais destaque para o mesmo. Porém, como meu blog é mais voltado para a fotografia, vou manter esse limite para falar sobre o assunto, afinal é a parte que domino.


Falar sobre o processo de edição é sempre algo muito pessoal, afinal está diretamente ligado ao estilo de fotografia que o fotógrafo produz.

No mercado temos artistas que vão desde uma edição mais ''crua'' onde poucas alterações são realizadas na imagem, geralmente correções de contrastes e realces até profissionais que fazem manipulações de imagem, alterando, adicionando ou removendo elementos da cena.


Muitas vezes baseada no gosto do fotógrafo, a edição também pode ser determinante em áreas específicas dentro da fotografia, como por exemplo:


1 - Fotojornalismo:


Na área do fotojornalismo, é muito comum se usar um estilo de edição mais pé no chão, sem alterações bruscas. Isso se dá por conta do fotógrafo jornalista ter como objetivo retratar os fatos. Ou seja: Quanto mais fiéis as imagens estiverem comparadas com a realidade, melhor.


2 - Fotografia Publicitária:


Outra área onde a edição de imagens não oferece tanta liberdade é a da fotografia publicitária. Obviamente existem exceções, como por exemplo em casos de profissionais renomados que são contratados por terem um gosto e olhar que conversam com a identidade da marca. Porém é muito comum vermos briefings onde são dadas as coordenadas de como deve ser o estilo de edição na foto.


Tendo essas informações, vamos parar para refletir um momento sobre a edição na área dos ensaios e eventos, que são onde dedico maior parte do meu trabalho.

Nesses casos, é muito comum encontrarmos uma infinidade de características que definem a edição os profissionais. Muito por dar maior margem de liberdade artística, esses trabalhos costumam gerar uma conexão muito pessoal entre cliente e fotógrafo. Isso pois, você não contrata alguém que julgue não ser bom. Você contrata um profissional cujo as formas de utilização das cores e estilo de edição esteja dentro do que você espera.


Seja ela mais suave, pesada, com ou sem contrastes demarcados, etc... A verdade é que nos apegamos ao que nos agrada visualmente e isso tem total influência na hora de escolhermos o profissional que mais está de acordo com nossas expectativas.

Então seja o profissional mais ousado ou mais pé no chão, sempre existem pessoas que tenham a mesma linha de raciocínio sobre as expectativas do trabalho.


Lembro que em um dos meus trabalhos recentes, um cliente olhou para mim e disse ''Decidi te contratar para fazer meu ensaio pois tuas fotos não tem uma edição pesada, a maneira como tu utiliza as cores não é tão saturada e isso me agrada bastante''. Naquele momento comecei a pensar a respeito do meu próprio processo de edição e refletir sobre minha maneira de trabalhar essa parte da fotografia.


Resumidamente, trato a edição como um complemento de um material original que já é bom. Uma espécie de ''potencializador'' para transformar uma foto que já é boa em algo melhor.


Claro que a edição não é o principal fator para isso acontecer, ninguém vai transformar uma foto ''ruim'' em uma foto incrível só com o processo de edição e se isso fosse possível, levaria um tempo considerável para ser feito e uma das características do meu processo de edição é a agilidade. Normalmente, não passo muitas horas na frente do computador editando as imagens, quando mais rápido e prático for o processo, melhor.



Foto sem edição


Foto com edição

Foto sem edição

Foto com edição

Nesse exemplo destaco o ponto citado acima, em todo o meu processo de edição, procuro fazer o menor número de ''interferências'' possível. E se for necessário manipular a imagem, tento fazer alterações precisas que valorizem a foto.


Outro ponto que procuro equilibrar é a questão do contraste e saturação, que são ferramentas capazes de elevar ou arruinar uma imagem, tornando ela exagerada ou até mesmo ''enjoativa'' de se observar. Então quanto mais equilíbrio você traz para a foto, maior a probabilidade de causar um impacto positivo para quem a observa.


Acho importante ressaltar também que, a edição não começa na hora da importação para o editor, mas sim, na hora da captura. Quando escolhemos o formato do arquivo, RAW ou JPEG, já estamos dando características ao que virá a ser a imagem. Em caso de RAW com uma imagem que é traduzida ao pé da letra como ''crua'' e em JPEG com um arquivo pré-editado, com maior nível de contrastes, porém isso é assunto para outro post aqui do blog no qual irei abordar em breve.


O que temos que avaliar então na hora de falar sobre edição é que não existe um ''certo'' ou ''errado'', mas sim um nível de bom senso na hora de executar esse processo, procurando sempre manter uma linha de raciocínio que converse com o seu estilo fotográfico e gosto pessoal.


Mas e você, profissional ou então cliente em busca de entender melhor sobre essa parte da fotografia, prefere um estilo de edição mais característico ou algo mais pé no chão? Deixa aqui nos comentários para trocarmos uma ideia a respeito.


E lembrando que, a partir desse mês de janeiro, decidi diminuir a frequência dos posts do blog para 1 vez por mês, pois isso me dá mais tempo para me aprofundar no assunto e trazer sempre um conteúdo de maior relevância.


Curtiu o post? Se sim, não esquece de deixar teu compartilhamento para que atinja o máximo de público possível!


Obrigado por ler até aqui


Um abraço!


 
 
 

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